Na última quarta-feira, o delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, deu uma entrevista extremamente esclarecedora ao programa Brasília Ao Vivo, da Record News. Antes da entrevista, a apresentadora informa que Protógenes já enviou para a cadeia pessoas como Lao Kin Chong, Hildebrando Pascoal e Paulo Maluf. Já na primeira resposta, o delegado deixou claro que a decisão de transferi-lo da diretoria de inteligência para a direção de departamento de pessoal foi unilateral e difícil de aceitar. Há expectativa de uma nova transferência, possivelmente para a coordenadoria de defesa institucional, área na qual o delegado não é especialista (suas especialidades são crimes financeiros e estratégias de inteligência). Esta nova transferência ainda não foi comunicada oficialmente. Protógenes comenta também sobre a inversão de valores feita quando, após divulgação da Operação Satiagraha, os alvos de ataques passaram a ser ele próprio, o Juiz Federal Fausto De Sanctis e o Procurador do Ministério Público Rodrigo De Grandis. Inversão de valores esta que foi tema de postagem neste blog.
O delegado da PF falou que já esperava retaliações, uma vez que investigava um bandido da estatura de Daniel Dantas. Mas foi surpreendido pela extensão desta retaliação, que chegou a atingir até mesmo seus familiares. Protogenes está convicto dos crimes do banqueiro, ao qual sempre se refere como “o bandido, Daniel Dantas”, um homem que construiu um verdadeiro império e tem contatos poderosos – o que dificulta a reunião de provas para os crimes – mas que há 20 anos pratica corrupção usualmente, prejudicando a sociedade. Para ilustrar o poder de manipulação de Dantas, Protógenes dá o exemplo do escândalo fabricado, a mando do banqueiro, por meio da “Revista” Veja, inventando que o Presidente Lula e o diretor da Abin, Paulo Lacerda, mantinham contas no exterior, destinadas a movimentar recursos sem origem declarada, o que durante a investigação ficou provado ser uma armação. Isso para citar uma de muitas falcatruas, um de inúmeros crimes.
O delegado federal entende que os recursos da defesa do banqueiro não irão prosperar, que dificilmente o bandido Daniel Dantas terá sucesso nas instâncias superiores da Justiça brasileira e que a nova equipe que está à frente da Satiagraha é capacitada tecnicamente e saberá conduzir a operação. Além disso, Protógenes esclarece que, durante a gestão de Paulo Lacerda, não houve espetacularização do trabalho da polícia, e sim uma prestação de contas à sociedade sobre os crimes cometidos com dinheiro público. O delegado confirma que houve pressão por parte da nova direção da PF para que ele deixasse o caso e que ele nunca quis abandonar a Satiagraha para fazer um curso. Outro importante esclarecimento do delegado é no sentido de negar peremptoriamente o uso de grampos ilegais com quem quer que seja, o que compromete a versão largamente noticiada de que a PF e a Abin interceptaram o presidente da Suprema Corte e o Senador Demóstenes Torres do DEM. Este ponto da entrevista é crucial! Vocês lembram do termo “grampolândia” e do que ele tentou demonstrar?
Partidos de oposição, óbvio, em parceria com a grande mídia, tentaram passar a impressão de que tanto a Polícia Federal quanto a Abin estavam fora de controle, fazendo grampos indiscriminadamente, ameaçando até mesmo o Estado de Direito brasileiro e que qualquer um de nós poderíamos ser a próxima vítima da perseguição promovida pelos agentes federais e de inteligência brasileiros. À época, eu comentei neste blog o absurdo que foi esta empreitada contra as instâncias investigativas deste país. Quem é beneficiado quando o trabalho da polícia é tolhido? Não é à toa que esta empreitada veio imediatamente após a investigação de Daniel Dantas, este é um homem extremamente influente, inclusive na Imprensa, como demonstrou o episódio da Veja. Nas palavras do delegado Protógenes: “com este carnaval que foi feito com a operação Satiagraha, provocados por atos insanos do bandido banqueiro Daniel Dantas, ele conseguiu destruir o sistema brasileiro de inteligência. [...] O nosso país hoje, te digo francamente, é um país desprotegido”. Ou seja, em certa medida, Daniel Dantas x Oposição x Mídia atingiram um dos seus objetivos.
É bom registrar que, durante o escândalo da “grampolândia”, o Senador do DEM / PI, Heráclito Fortes, pediu a prisão de Protógenes e o Globo News, para citar um exemplo, fez uma edição do programa PAINEL sobre “As diversas formas de abuso de poder do Estado sobre o cidadão brasileiro” com especialistas que denunciaram as “atrocidades” da Abin. É falso pensar, no entanto, que a influência de Dantas está apenas sobre a mídia e os partidos da oposição. O banqueiro bandido tem tentáculos no governo atual, tanto que o delegado Protógenes sofreu constantes retaliações por parte do comando da PF enquanto tentava investigar Dantas, precisou recorrer à Abin, com a cumplicidade de Paulo Lacerda, até que ambos terminaram afastados de seus cargos. Por outro lado, também é verdadeiro que foi neste governo atual que Dantas tornou-se alvo de operação federal (coisa que jamais aconteceria no Governo FHC – ao contrário, na gestão demo-tucana, Dantas virou um magnata das comunicações). Hoje, o banqueiro tem grandes chances de ser punido e devolver aos cofres públicos boa parte do dinheiro que roubou. A Polícia Federal trabalha como nunca antes na história deste país.
O delegado da PF falou que já esperava retaliações, uma vez que investigava um bandido da estatura de Daniel Dantas. Mas foi surpreendido pela extensão desta retaliação, que chegou a atingir até mesmo seus familiares. Protogenes está convicto dos crimes do banqueiro, ao qual sempre se refere como “o bandido, Daniel Dantas”, um homem que construiu um verdadeiro império e tem contatos poderosos – o que dificulta a reunião de provas para os crimes – mas que há 20 anos pratica corrupção usualmente, prejudicando a sociedade. Para ilustrar o poder de manipulação de Dantas, Protógenes dá o exemplo do escândalo fabricado, a mando do banqueiro, por meio da “Revista” Veja, inventando que o Presidente Lula e o diretor da Abin, Paulo Lacerda, mantinham contas no exterior, destinadas a movimentar recursos sem origem declarada, o que durante a investigação ficou provado ser uma armação. Isso para citar uma de muitas falcatruas, um de inúmeros crimes.
O delegado federal entende que os recursos da defesa do banqueiro não irão prosperar, que dificilmente o bandido Daniel Dantas terá sucesso nas instâncias superiores da Justiça brasileira e que a nova equipe que está à frente da Satiagraha é capacitada tecnicamente e saberá conduzir a operação. Além disso, Protógenes esclarece que, durante a gestão de Paulo Lacerda, não houve espetacularização do trabalho da polícia, e sim uma prestação de contas à sociedade sobre os crimes cometidos com dinheiro público. O delegado confirma que houve pressão por parte da nova direção da PF para que ele deixasse o caso e que ele nunca quis abandonar a Satiagraha para fazer um curso. Outro importante esclarecimento do delegado é no sentido de negar peremptoriamente o uso de grampos ilegais com quem quer que seja, o que compromete a versão largamente noticiada de que a PF e a Abin interceptaram o presidente da Suprema Corte e o Senador Demóstenes Torres do DEM. Este ponto da entrevista é crucial! Vocês lembram do termo “grampolândia” e do que ele tentou demonstrar?
Partidos de oposição, óbvio, em parceria com a grande mídia, tentaram passar a impressão de que tanto a Polícia Federal quanto a Abin estavam fora de controle, fazendo grampos indiscriminadamente, ameaçando até mesmo o Estado de Direito brasileiro e que qualquer um de nós poderíamos ser a próxima vítima da perseguição promovida pelos agentes federais e de inteligência brasileiros. À época, eu comentei neste blog o absurdo que foi esta empreitada contra as instâncias investigativas deste país. Quem é beneficiado quando o trabalho da polícia é tolhido? Não é à toa que esta empreitada veio imediatamente após a investigação de Daniel Dantas, este é um homem extremamente influente, inclusive na Imprensa, como demonstrou o episódio da Veja. Nas palavras do delegado Protógenes: “com este carnaval que foi feito com a operação Satiagraha, provocados por atos insanos do bandido banqueiro Daniel Dantas, ele conseguiu destruir o sistema brasileiro de inteligência. [...] O nosso país hoje, te digo francamente, é um país desprotegido”. Ou seja, em certa medida, Daniel Dantas x Oposição x Mídia atingiram um dos seus objetivos.
É bom registrar que, durante o escândalo da “grampolândia”, o Senador do DEM / PI, Heráclito Fortes, pediu a prisão de Protógenes e o Globo News, para citar um exemplo, fez uma edição do programa PAINEL sobre “As diversas formas de abuso de poder do Estado sobre o cidadão brasileiro” com especialistas que denunciaram as “atrocidades” da Abin. É falso pensar, no entanto, que a influência de Dantas está apenas sobre a mídia e os partidos da oposição. O banqueiro bandido tem tentáculos no governo atual, tanto que o delegado Protógenes sofreu constantes retaliações por parte do comando da PF enquanto tentava investigar Dantas, precisou recorrer à Abin, com a cumplicidade de Paulo Lacerda, até que ambos terminaram afastados de seus cargos. Por outro lado, também é verdadeiro que foi neste governo atual que Dantas tornou-se alvo de operação federal (coisa que jamais aconteceria no Governo FHC – ao contrário, na gestão demo-tucana, Dantas virou um magnata das comunicações). Hoje, o banqueiro tem grandes chances de ser punido e devolver aos cofres públicos boa parte do dinheiro que roubou. A Polícia Federal trabalha como nunca antes na história deste país.
Blog Crápula Mor, comunico que foi adcionado na lista de BLOGSFERA do Desabafo Brasil. Um abraço pela parceria. Daniel Pearl.
ResponderExcluirtemos que, a todo momento, reiterar: NUNCA NA HISTÓRIA DESSE PAÍS!!!!
ResponderExcluirSe Jânio estivesse vivo, diria a Protógenes: Cuidado com as forças ocultas, mermão!!!