CAMPO GOVERNISTA
Cid Gomes – PSB (atual governador)
CAMPO OPOSICIONISTA
Tasso Jereissati – PSDB (senador)
ou
Alexandre Pereira – PPS (empresário)
A eleição no Ceará está entre as mais previsíveis. Cid Gomes não enfrentará maiores dificuldades para se reeleger. Até mesmo porque não há nome na oposição com o mínimo de envergadura política para fazer frente ao Governador. Os adversários que Cid enfrentará surgirão muito mais pela necessidade de palanques para os candidatos à presidência, do que por um real movimento oposicionista. Cid tem na sua base aliada o PT, que tem o vice-governador, e o PSDB, bastante fiel ao executivo cearense. Diante disso, os tucanos só abandonarão o barco do Governador por circunstâncias externas, ou seja, pela necessidade de montar um palanque para fortalecer a candidatura de Serra no estado. Não há nomes fortes para isso. Será uma candidatura para “cumprir tabela”. Tasso Jereissati, tucano mais proeminente do Ceará, pode disputar o Governo (é quem mais tem condições de disputar com Cid), mas me parece mais provável que Tasso busque a reeleição ao Senado. Outro nome cogitado pela aliança PSDB / DEM / PPS, para disputar o executivo, é o do empresário Alexandre Pereira, do PPS. O PT sofre um dilema parecido. Se Ciro for lançado pelo PSB à presidência, claro que terá o apoio do irmão. Por isso, o PT – a contra gosto – pode ter que lançar candidato próprio para fazer o palanque de Dilma. Um nome petista cotado para esta missão é o de Ilário Marques. A maior estrela do PT no estado, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, já avisou que não disputará o Governo, por lealdade a Cid Gomes. O Ministro da Previdência, José Pimentel, também do PT, almeja o Senado. Há um coringa na sucessão cearense: o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, do PR. Pessoa dialoga com o bloco PSDB / DEM / PPS para ser o candidato de Serra; mas o PR é aliado do Governo Federal, sendo mais natural um apoio do prefeito à Dilma. Em Ciro saindo à presidência, e o PT precisando de um palanque para Dilma, poderia ocorrer uma aliança dos petistas com o candidato do PR.
Senado: O Senador Tasso Jereissati deve disputar a reeleição. O cacique tucano já foi governador do Ceará por 3 vezes, e é sempre um candidato muito forte. Entretanto, os candidatos do Governador Cid Gomes devem crescer fortemente durante a campanha. A princípio, eles são Eunício Oliveira, deputado federal pelo PMDB, e José Pimentel, do PT, Ministro da Previdência. O apoio de Cid, somado ao apoio de Lula, têm um apelo quase que invencível. O ex-governador, Lúcio Alcântara, também pode participar deste pleito. A Senadora Patrícia Saboya, do PDT, deve buscar um mandato na Câmara Federal.
CAMPO GOVERNISTA
Eduardo Campos – PSB (atual governador)
CAMPO OPOSICIONISTA
Jarbas Vasconcelos – PMDB (senador)
ou
Mendonça Filho – DEM (ex-governador)
ou
Raul Henry – PMDB (deputado federal)
Em Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, também não deve encontrar grandes dificuldades para sua reeleição. Quem pode fazer um contraponto mais forte ao Governador é o Senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB. Jarbas tem resistido à candidatura, mas a pressão para que ele dispute será grande. Na última hora, o Senador pode ceder às circunstâncias. Outros nomes que podem disputar o executivo pela oposição são: Raul Henry, do PMDB, e Mendonça Filho, do DEM. O PT, em Pernambuco, sofre o mesmo dilema que o PT do Ceará. Caso Ciro seja candidato à Presidência, é possível que os petistas tenham que levantar um palanque para Dilma. Neste caso, o nome natural seria o do ex-prefeito de Recife, João Paulo (hoje, secretário de Eduardo). Entretanto, acho este cenário improvável, pela proximidade de Eduardo com o Planalto e com o próprio João Paulo.
Senado: Considerando que o PT não disputará o Governo de Pernambuco, João Paulo deve tentar eleger-se Senador. Humberto Costa, também do PT, está trabalhando para ser o candidato do partido, mas a popularidade do ex-prefeito da capital deverá ter peso decisivo na escolha do candidato ao Senado. Assim, Humberto Costa disputa a Câmara Federal. Armando Monteiro Neto, do PTB, deputado federal e presidente da CNI, será o outro candidato ao Senado da chapa do Governador. Pela oposição, dois senadores buscarão a reeleição: Sérgio Guerra, presidente do PSDB, e Marco Maciel, do DEM. Alguns dizem que, diante do quadro desfavorável, Maciel pode buscar um mandato na Câmara. De qualquer forma, a disputa pelo Senado, em Pernambuco, será das mais acirradas e emocionantes de 2010.
CAMPO GOVERNISTA
Jacques Wagner – PT (atual governador)
+
Geddel Vieira Lima – PMDB (Ministro da Integração Nacional, deputado federal)
CAMPO OPOSICIONISTA
Paulo Souto – DEM (ex-governador)
Eleito em 2006 com o apoio do PMDB, Wagner poderá ter que enfrentar os antigos aliados. Existirão pressões dos diretórios nacionais para que Geddel apóie a reeleição do Governador petista, mas os PMDBistas baianos parecem bastante convictos da pertinência de uma candidatura própria. Lula já declarou publicamente que não concorda com a movimentação do Ministro, mas não pode impedi-lo de disputar o executivo estadual. Pela oposição, PSDB / DEM / PPS apostarão em Paulo Souto, ex-governador carlista.
Senado: Caso Geddel seja dissuadido de disputar o governo da Bahia, pode disputar o senado, pela chapa de Wagner. Como isto é improvável, os candidatos ao Senado, com o apoio do Governador, podem ser Lidice da Mata, do PSB, e Walter Pinheiro, do PT, ambos deputados federais. Como o PT já tem o principal cargo da chapa, pode ser que Walter Pinheiro dê lugar a outro partido. César Borges, do PR, tentará ser reeleito. ACM Júnior (que assumiu o cargo após a morte do seu pai) também pode buscar a reeleição.
CAMPO GOVERNISTA
Iberê Ferreira – PSB (vice-governador)
+
Robinson Faria – PMN (deputado estadual)
ou
João Maia – PP (deputado federal)
CAMPO OPOSICIONISTA
Rosalba Ciarlini – DEM (senadora)
No Rio Grande do Norte, o Campo Oposicionista já está fechado em torno do nome da Senadora Rosalba Ciarlini, que hoje é favorita. Os partidos do Campo Governista, aliados tanto de Lula quanto da Governadora Wilma de Faria – PSB, pretendem unir-se em torno de uma candidatura única, mas enfrentam dificuldade para encontrar um nome de consenso. A governadora não parece disposta a abrir mão da candidatura de seu vice, Iberê Ferreira, do mesmo partido. Mas o bloco composto por PMDB, PP e PMN - denominado Unidade Potiguar - está entre Robinson Faria e João Maia. Diante do impasse, pode ser que surja uma terceira via, ou seja, uma disputa entre uma candidata de oposição, o vice-governador buscando a reeleição (já que Wilma deixará o cargo para concorrer ao Senado) e um projeto alternativo, fruto da ruptura da base. Aqui, novamente, o cenário estadual depende muito de Ciro Gomes. Caso Ciro dispute a presidência, o natural para a Governadora será apoiar o presidenciável da sua legenda. Mas não é essa a vontade de Wilma de Faria, que precisa do apoio do PT, que aumentaria o tempo de televisão e agragaria musculatura à chapa do seu vice. Obviamente, o PT estará no palanque que faça campanha por Dilma. Caso não haja consenso entre a base da Governadora, e Ciro permaneça candidato à presidência, o palanque de Dilma poderá ser a terceira via. Com PMDB, PT, PP, dentre outros partidos, esta “terceira via” terá enorme potencial de crescimento. É tudo que a Governadora não quer.
Senado: Wilma buscará o Senado, com grandes chances. Garibaldi Alves, PMDBista, ex-presidente da Casa, buscará a reeleição, e pode ser considerado o favorito na disputa. José Agripino Maia, líder do DEM, também buscará renovação do mandato. Aqui também, a disputa pelo Senado será das mais emocionantes de 2010.
Depois de Tasso, o PSDB no Ceará tem um grande nome, trata-se do Deputado Federal Raimundo Gomes de Matos. Ele está queto mas já é assegurado que, não sendo Tasso e não havendo aliança com Cid, ele será o nome.
ResponderExcluirOk, Augusto. Fica o registro. Obrigado pela contribuição.
ResponderExcluirCaros leitores, descupe-me descordar do que foi colocado sobre a candidatura do Vice Governador, mas a terceira força vai realmente conquistar os nossos votos potiguares, que é o ex-prefeito de Natal, CARLOS EDUARDO ALVES, será sem dúvida nenhuma a maior expressão eleitoral, e, a maior surpresa dessas eleições de 2010.
ResponderExcluirUm abraço, quem viver verá!