Estamos há um ano das próximas eleições. Em outubro de 2010 conheceremos o (a) próximo (a) presidente da república, além dos governadores dos estados, senadores, deputados estaduais e deputados federais. Nesta postagem, demonstrarei os possíveis cenários para as eleições, dividindo os candidatos entre o campo alinhado com o Governo Federal (Campo Governista) e o campo alinhado com a Oposição (Campo Oposicionista). Respectivamente, palanques de Dilma e Serra. Muita coisa ainda está indefinida, e só é possível cogitar alguns dos nomes mais importantes. Além disso, considerando a “flexibilidade” de grande parte dos políticos brasileiros, nada impede que um nome que esteja, hoje, de um lado, passe para o lado oposto sem maiores dificuldades até o dia da eleição. Estes são os cenários que vêm se desenhando, atualmente:
CAMPO GOVERNISTA
Ciro Gomes – PSB (deputado federal, ex-governador do Ceará, ex-ministro da Fazenda, ex-ministro da Integração Nacional)
ou
Paulo Skaf – PSB (presidente da FIESP)
+
Antônio Palocci – PT (deputado federal, ex-prefeito de Ribeirão Preto, ex-ministro da Fazenda)
ou
Emídio de Souza – PT (prefeito de Osasco)
CAMPO OPOSICIONISTA
Geraldo Alckmin – PSDB (secretário do Desenvolvimento, ex-governador)
ou
Aloysio Nunes Ferreira – PSDB (chefe da Casa Civil, ex-deputado federal, ex-vice governador)
Em São Paulo, tradicional reduto do tucanato, as eleições caminham para uma vitória tranqüila do candidato da situação. Alguns apostam em um desgaste do PSDB, depois de 4 mandatos no poder. Ainda que haja algum desgaste, eu creio que os tucanos ainda podem reunir maioria do eleitorado, para iniciar o quinto mandato. Alckmin tem um argumento bastante eloqüente para sacramentar sua candidatura: léguas de vantagem nas pesquisas de intenção de votos. Entretanto, o preferido do Governador José Serra é Aloysio Nunes Ferreira, que mal aparece nas intenções de voto. Seja partindo de um desempenho pífio ou da dianteira das pesquisas, o PSDB é o grande favorito. Aloysio é desconhecido, mas o horário eleitoral resolveria este problema. Parte do PT busca uma aliança com Ciro Gomes, o que facilitaria a vida de Dilma Rousseff e traria um nome de peso para a disputa paulista. Este movimento é liderado por petistas de peso, como José Dirceu e José Genoino. O problema é a ala do petismo que torce a cara para uma aliança com um “forasteiro eleitoral”, e pretende emplacar candidatura própria - como é do feito do PT. No caso de candidatura própria, o PT deve apostar em Antônio Palocci. Outra possibilidade é Emídio de Souza, prefeito de Osasco. Neste cenário, o PSB apresentaria o presidente da FIESP, Paulo Skaf, recém filiado.
Senado: os tucanos devem indicar o cacique PMDBista Orestes Quércia para o Senado (acordo firmado ainda em 2008, quando, por intermédio de Serra, o PMDB apoiou Kassab para a prefeitura). Se o candidato ao governo for Aloysio, Alckmin também pode disputar o Senado. Se houver espaço na chapa, pode ser que o DEM apresente Afif Domingos, secretário do Trabalho. Pela esquerda, Mercadante buscará a reeleição. Gabriel Chalita, eleito vereador no ano passado pelo PSDB, deixou os tucanos e se filiou ao PSB, de Ciro, para tentar ser Senador. Acho que Chalita tem grandes chances, pois tem penetração no eleitorado dos tucanos, e pode receber o segundo votos destes eleitores (Quércia tem forte rejeição em SP). De toda forma, pelo menos um dos candidatos ao Senado, indicado pelo Governador Serrá, será eleito. Assim, surpreendentemente, Mercadante ficaria de fora. A conferir. Outro nome cogitado para o Senado é o do vereador e apresentador Netinho de Paula, pelo PCdoB.
CAMPO GOVERNISTA
Sérgio Cabral – PMDB (atual governador)
+
Anthony Garotinho – PR (ex-governador)
+
Lindberg Faria – PT (prefeito de Nova Iguaçu)
CAMPO OPOSICIONISTA
César Maia – DEM (ex-prefeito do Rio de Janeiro)
ou
Fernando Gabeira – PV (deputado federal)
ou
José Camilo Zito - PSDB (prefeito de Duque de Caxias)
ou
Ronaldo Cezar Coelho - DEM (ex-deputado federal)
O Governador Sérgio Cabral, fortalecido pela escolha do Rio para as Olimpíadas, tem boas chances de ser reeleito. A vida do governador seria bastante facilitada se o PT apoiasse sua reeleição. Acontece que o petista Lindberg Farias, prefeito de Nova Iguaçu, vive comprando brigas com Sérgio Cabral, e insiste na candidatura própria. O PT fará convenção em novembro, para escolher o presidente do diretório estadual. Dependendo de quem o PT escolher, saberemos o destino do partido em 2010, no Rio. Garotinho já é candidato ao Governo, pelo PR, e apoiará Dilma Rousseff. É o presidenciável tucano quem terá problemas para montar seu palanque neste estado. Gabeira, que seria o palanque natural da oposição no Rio, foi surpreendido pela filiação de Marina Silva ao seu partido. Agora, Gabeira pode ser candidato ao Governo apoiando dois candidatos à presidência. Mas, diante deste impasse, o deputado verde está inclinado a disputar o Senado. Serra poderá ter que bater na porta de César Maia, do DEM, para ter seu palanque carioca. Outros nomes cogitados pela oposição são o do prefeito de Duque de Caxias, pelo PSDB, José Camilo Zito; e o do empresário Ronaldo Cezar Coelho, do DEM.
Senado: Pelo Campo Governista, o senador Marcelo Crivella disputa a reeleição pelo PRB. Benedita da Silva, do PT, secretária do Desenvolvimento Social, também deve disputar o Senado. As chances da petista aumentam muito se ela estiver na chapa do Governador Sérgio Cabral. O PMDB deve lançar o deputado federal Leonardo Picciani para Senador. Pelo Campo Oposicionista, Gabeira deve ser candidato. Outras possibilidades são o próprio César Maia (se não disputar o Governo), e Denise Frossard, do PPS. Estes são apenas os nomes mais importantes.
CAMPO GOVERNISTA
Fernando Pimentel – PT (ex-prefeito de Belo Horizonte)
ou
Patrus Ananias – PT (Ministro do Desenvolvimento Social, ex-prefeito de Belo Horizonte)
+
Hélio Costa – PMDB (Ministro das Comunicações, senador)
CAMPO OPOSICIONISTA
Antônio Anastasia – PSDB (atual vice-govermador)
Em Minas, o PT está dividido entre o Ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito Fernando Pimentel. Pimentel enfrenta alguma resistência no PT por ter se aliado a Aécio nas eleições municipais do ano passado, em que a controversa aliança elegeu Márcio Lacerda, do PSB, prefeito de BH. Provavelmente, os petistas mineiros terão de enfrentar prévias para escolher seu candidato. As lideranças nacionais do PT e do PMDB gostariam de ver estes partidos unidos em Minas, mas é muito difícil que isto aconteça, visto que nenhum dos lados quer ceder a cabeça de chapa. Se Patrus for o candidato do PT, Hélio Costa poderia cogitar sair da disputa. Com Pimentel, o diálogo é mais truncado. De qualquer forma, é difícil que Hélio Costa ceda, em função da grande vantagem que o Ministro apresenta nas pesquisas. Pelo PSDB, Antônio Anastasia é “a Dilma do Governador Aécio”. Com perfil mais técnico e desconhecido pela população, o vice-governador terá ao seu favor a grande aprovação da gestão mineira, e deve crescer bastante durante a campanha.
Senado: Aécio já está eleito Senador por Minas Gerais. O Senador Eduardo Azeredo, também do PSDB, sofreu desgaste com o caso do Mensalão mineiro, e pode disputar a câmara federal, em 2010. Até porque dificilmente os tucanos ficarão com as três vagas principais da chapa. Ao lado de Aécio, o ex-presidente Itamar Franco pode disputar o Senado, pelo PPS. Pelo PT, se Pimentel não for o candidato ao Governo poderá concorrer a uma das vagas de Senador. Patrus já declarou que só tem interesse na disputa pelo executivo. O suplente de Hélio Costa, Wellington Dias, desta vez, pode participar da disputa como titular. Outros nomes surgirão na disputa pelo Senado mineiro.
CAMPO GOVERNISTA
Tarso Genro – PT (Ministro da Justiça, ex-prefeito de Porto Alegre)
+
Beto Albuquerque – PSB (deputado federal)
CAMPO OPOSICIONISTA
Yeda Crusius – PSDB (atual governadora)
+
José Fogaça – PMDB (prefeito de Porto Alegre)
ou
Germano Rigotto – PMDB (ex-governador)
A primeira dificuldade aqui é tentar identificar se o candidato do PMDB (seja Rigotto ou Fogaça) estará no Campo Governista ou Oposicionista. Os PMDBistas gaúchos são anti-petistas tradicionais, mas em função do acordo das cúpulas partidárias, em nível nacional, pode ser que Fogaça ou Rigotto apóie Dilma. Neste caso, Serra ficará em situação extremamente difícil no Rio Grande do Sul, pois só restará ao presidenciável tucano a barca furada de Yeda Crusius. Os candidatos do PMDB aparecem em segundo lugar nas pesquisas, com desempenhos muito parecidos. Tarso Genro, do PT, vem liderando as intenções de voto, mas o Ministro da Justiça enfrentará grande dificuldade no segundo turno, pois eleitores do PMDB e do PSDB devem se unir para impedir a vitória do petista. Se Beto Albuquerque, do PSB, hoje com fraco desempenho nas pesquisas, conseguir reunir um bom numero de partidos em torno de sua candidatura, terá grande potencial de crescimento. A candidatura do socialista no Rio Grande do Sul está fortemente vinculada à candidatura de Ciro, do mesmo partido. Se o presidenciável do PSB insistir em permanecer na disputa nacional, Beto deve levantar o palanque da legenda no estado.
Senado: Os principais candidatos ao Senado, pelo RS, são Sérgio Zambiasi, do PTB, Paulo Paim, do PT, e Germano Rigotto, do PMDB (caso o candidato a Governador seja Fogaça). No caso de Rigotto disputar o executivo, é improvável que Fogaça deixe a prefeitura da capital.
CAMPO GOVERNISTA
Osmar Dias – PDT (senador)
+
Orlando Pessuti – PMDB (atual vice-governador)
CAMPO OPOSICIONISTA
Beto Richa – PSDB (prefeito de Curitiba)
No Paraná, o PT trabalha para compor com Osmar Dias, por avaliar que este seria um forte palanque para Dilma. Para isso, os petistas precisarão romper a aliança que mantêm com o Governador Roberto Requião, do PMDB. O Governador paranaense pretende eleger o seu vice, Orlando Pessuti, e contava com o apoio do PT. O problema é que, enquanto Osmar Dias disputa a ponta das pesquisa com Beto Richa, o vice-governador tem desempenho bastante fraco. Há ameaças de que o PMDB do Paraná apóie Serra, caso os petistas não componham com Pessuti. Eu avalio que dificilmente os PMDBistas liberarão Lula para fazer campanha apenas para Osmar Dias. De qualquer forma, o Paraná é um daqueles estados em que tudo pode acontecer. E, se Beto Richa for candidato ao Governo, é muito difícil que não seja eleito.
Senado: Requião deve disputar o Senado, e é forte candidato, como qualquer governador em exercício de mandato. Pelo PT, Gleise Hoffman é a candidata, com boas chances. Mas, é muito difícil que o candidato ao Senado da chapa de Beto Richa não seja eleito. O PSDB deve indicar o deputado federal Gustavo Fruet. Outros nomes, com menores chances, participarão da disputa.
CAMPO GOVERNISTA
Ângela Amim – PP (deputada federal, ex-prefeita de Floripa)
+
Ideli Salvatti – PT (senadora)
CAMPO OPOSICIONISTA
Eduardo Moreira – PMDB (presidente estadual do PMDB)
ou
Leonel Pavan – PSDB (atual vice-governador)
ou
Raimundo Colombo – DEM (senador)
Primeiramente, é preciso explicar que os três candidatos do Campo Oposicionista pretendem estar unidos no pleito de 2010. De maneira que apenas um deve ser candidato, com apoio dos outros dois. Mas, ainda há impasse na escolha do nome que será o cabeça de chapa. De qualquer forma, a disposição dos partidos (PMDB, PSDB e DEM) é permanecerem juntos em Santa Catarina. É um dos estados em que o PMDB não apoiará Dilma, a despeito de qualquer pressão. O atual governador, o PMDBista Luiz Henrique da Silveira, sofre pressão do seu partido para lançar o presidente estadual da legenda, Eduardo Moreira. Entretanto, o vice-governador, Leonel Pavan, é do PSDB. Como o governador deixará o cargo para disputar do Senado, o PSDB estará com a caneta na mão, durante a campanha, buscando a reeleição. Já os DEMocratas tentam emplacar o Senador Raimundo Colombo. Na oposição, a Ideli Salvatti pode desistir da reeleição para o Senado (em que teria chances razoáveis) para tentar o Governo (com chances reduzidas, na minha avaliação). Ângela Amim tem maiores condições de levar o pleito para o segundo turno, contra o candidato da situação (que me parece ser favorito, seja quem for). A eleição catarinense está bastante indefinida, por enquanto.
Senado: o Governador PMDBista, Luiz Henrique, deve disputar o Senado, com grandes chances. O PP deve lançar Esperidião Amim, que também é um nome com densidade eleitoral. Com menores chances, PT aposta no deputado federal Cláudio Vinhati.
CAMPO GOVERNISTA
Ricardo Ferraço – PMDB (atual vice-governador)
+
Renato Casagrande – PSB (senador)
CAMPO OPOSICIONISTA
Luís Paulo Velloso Lucas - PSDB (deputado federal, ex-prefeito de Vitória)
Há uma grande aliança no Espírito Santo para eleger o atual vice-governador, Ricardo Ferraço, do PMDB. O grande fiador desta aliança é o Governador Paulo Hartung, também do PMDB. O PT, liderado pelo prefeito de Vitória, João Coser, buscará compor com o Governador, para montar um forte palanque para Dilma no estado. Ricardo é o favorito para a disputa. Quem ameaça romper esta aliança é o senador Renato Casagrande, do PSB, que é mais conhecido que o vice-governador, e atualmente está na frente nas pesquisas. Novamente, a candidatura estadual do Socialista depende muito da candidatura de Ciro. Pela oposição, o deputado Luís Paulo Velloso Lucas fará o palanque de Serra.
Senado: o senador Magno Malta, do PR, buscará a reeleição, com boas chances de vitória. O governador Hartung é fortíssimo candidato a uma das vagas para o Senado. Pela oposição, quem tem maiores chances é a deputada federal Rita Camata, que trocou o PMDB pelo PSDB este ano.
CAMPO GOVERNISTA
Ciro Gomes – PSB (deputado federal, ex-governador do Ceará, ex-ministro da Fazenda, ex-ministro da Integração Nacional)
ou
Paulo Skaf – PSB (presidente da FIESP)
+
Antônio Palocci – PT (deputado federal, ex-prefeito de Ribeirão Preto, ex-ministro da Fazenda)
ou
Emídio de Souza – PT (prefeito de Osasco)
CAMPO OPOSICIONISTA
Geraldo Alckmin – PSDB (secretário do Desenvolvimento, ex-governador)
ou
Aloysio Nunes Ferreira – PSDB (chefe da Casa Civil, ex-deputado federal, ex-vice governador)
Em São Paulo, tradicional reduto do tucanato, as eleições caminham para uma vitória tranqüila do candidato da situação. Alguns apostam em um desgaste do PSDB, depois de 4 mandatos no poder. Ainda que haja algum desgaste, eu creio que os tucanos ainda podem reunir maioria do eleitorado, para iniciar o quinto mandato. Alckmin tem um argumento bastante eloqüente para sacramentar sua candidatura: léguas de vantagem nas pesquisas de intenção de votos. Entretanto, o preferido do Governador José Serra é Aloysio Nunes Ferreira, que mal aparece nas intenções de voto. Seja partindo de um desempenho pífio ou da dianteira das pesquisas, o PSDB é o grande favorito. Aloysio é desconhecido, mas o horário eleitoral resolveria este problema. Parte do PT busca uma aliança com Ciro Gomes, o que facilitaria a vida de Dilma Rousseff e traria um nome de peso para a disputa paulista. Este movimento é liderado por petistas de peso, como José Dirceu e José Genoino. O problema é a ala do petismo que torce a cara para uma aliança com um “forasteiro eleitoral”, e pretende emplacar candidatura própria - como é do feito do PT. No caso de candidatura própria, o PT deve apostar em Antônio Palocci. Outra possibilidade é Emídio de Souza, prefeito de Osasco. Neste cenário, o PSB apresentaria o presidente da FIESP, Paulo Skaf, recém filiado.
Senado: os tucanos devem indicar o cacique PMDBista Orestes Quércia para o Senado (acordo firmado ainda em 2008, quando, por intermédio de Serra, o PMDB apoiou Kassab para a prefeitura). Se o candidato ao governo for Aloysio, Alckmin também pode disputar o Senado. Se houver espaço na chapa, pode ser que o DEM apresente Afif Domingos, secretário do Trabalho. Pela esquerda, Mercadante buscará a reeleição. Gabriel Chalita, eleito vereador no ano passado pelo PSDB, deixou os tucanos e se filiou ao PSB, de Ciro, para tentar ser Senador. Acho que Chalita tem grandes chances, pois tem penetração no eleitorado dos tucanos, e pode receber o segundo votos destes eleitores (Quércia tem forte rejeição em SP). De toda forma, pelo menos um dos candidatos ao Senado, indicado pelo Governador Serrá, será eleito. Assim, surpreendentemente, Mercadante ficaria de fora. A conferir. Outro nome cogitado para o Senado é o do vereador e apresentador Netinho de Paula, pelo PCdoB.
CAMPO GOVERNISTA
Sérgio Cabral – PMDB (atual governador)
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Anthony Garotinho – PR (ex-governador)
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Lindberg Faria – PT (prefeito de Nova Iguaçu)
CAMPO OPOSICIONISTA
César Maia – DEM (ex-prefeito do Rio de Janeiro)
ou
Fernando Gabeira – PV (deputado federal)
ou
José Camilo Zito - PSDB (prefeito de Duque de Caxias)
ou
Ronaldo Cezar Coelho - DEM (ex-deputado federal)
O Governador Sérgio Cabral, fortalecido pela escolha do Rio para as Olimpíadas, tem boas chances de ser reeleito. A vida do governador seria bastante facilitada se o PT apoiasse sua reeleição. Acontece que o petista Lindberg Farias, prefeito de Nova Iguaçu, vive comprando brigas com Sérgio Cabral, e insiste na candidatura própria. O PT fará convenção em novembro, para escolher o presidente do diretório estadual. Dependendo de quem o PT escolher, saberemos o destino do partido em 2010, no Rio. Garotinho já é candidato ao Governo, pelo PR, e apoiará Dilma Rousseff. É o presidenciável tucano quem terá problemas para montar seu palanque neste estado. Gabeira, que seria o palanque natural da oposição no Rio, foi surpreendido pela filiação de Marina Silva ao seu partido. Agora, Gabeira pode ser candidato ao Governo apoiando dois candidatos à presidência. Mas, diante deste impasse, o deputado verde está inclinado a disputar o Senado. Serra poderá ter que bater na porta de César Maia, do DEM, para ter seu palanque carioca. Outros nomes cogitados pela oposição são o do prefeito de Duque de Caxias, pelo PSDB, José Camilo Zito; e o do empresário Ronaldo Cezar Coelho, do DEM.
Senado: Pelo Campo Governista, o senador Marcelo Crivella disputa a reeleição pelo PRB. Benedita da Silva, do PT, secretária do Desenvolvimento Social, também deve disputar o Senado. As chances da petista aumentam muito se ela estiver na chapa do Governador Sérgio Cabral. O PMDB deve lançar o deputado federal Leonardo Picciani para Senador. Pelo Campo Oposicionista, Gabeira deve ser candidato. Outras possibilidades são o próprio César Maia (se não disputar o Governo), e Denise Frossard, do PPS. Estes são apenas os nomes mais importantes.
CAMPO GOVERNISTA
Fernando Pimentel – PT (ex-prefeito de Belo Horizonte)
ou
Patrus Ananias – PT (Ministro do Desenvolvimento Social, ex-prefeito de Belo Horizonte)
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Hélio Costa – PMDB (Ministro das Comunicações, senador)
CAMPO OPOSICIONISTA
Antônio Anastasia – PSDB (atual vice-govermador)
Em Minas, o PT está dividido entre o Ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito Fernando Pimentel. Pimentel enfrenta alguma resistência no PT por ter se aliado a Aécio nas eleições municipais do ano passado, em que a controversa aliança elegeu Márcio Lacerda, do PSB, prefeito de BH. Provavelmente, os petistas mineiros terão de enfrentar prévias para escolher seu candidato. As lideranças nacionais do PT e do PMDB gostariam de ver estes partidos unidos em Minas, mas é muito difícil que isto aconteça, visto que nenhum dos lados quer ceder a cabeça de chapa. Se Patrus for o candidato do PT, Hélio Costa poderia cogitar sair da disputa. Com Pimentel, o diálogo é mais truncado. De qualquer forma, é difícil que Hélio Costa ceda, em função da grande vantagem que o Ministro apresenta nas pesquisas. Pelo PSDB, Antônio Anastasia é “a Dilma do Governador Aécio”. Com perfil mais técnico e desconhecido pela população, o vice-governador terá ao seu favor a grande aprovação da gestão mineira, e deve crescer bastante durante a campanha.
Senado: Aécio já está eleito Senador por Minas Gerais. O Senador Eduardo Azeredo, também do PSDB, sofreu desgaste com o caso do Mensalão mineiro, e pode disputar a câmara federal, em 2010. Até porque dificilmente os tucanos ficarão com as três vagas principais da chapa. Ao lado de Aécio, o ex-presidente Itamar Franco pode disputar o Senado, pelo PPS. Pelo PT, se Pimentel não for o candidato ao Governo poderá concorrer a uma das vagas de Senador. Patrus já declarou que só tem interesse na disputa pelo executivo. O suplente de Hélio Costa, Wellington Dias, desta vez, pode participar da disputa como titular. Outros nomes surgirão na disputa pelo Senado mineiro.
CAMPO GOVERNISTA
Tarso Genro – PT (Ministro da Justiça, ex-prefeito de Porto Alegre)
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Beto Albuquerque – PSB (deputado federal)
CAMPO OPOSICIONISTA
Yeda Crusius – PSDB (atual governadora)
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José Fogaça – PMDB (prefeito de Porto Alegre)
ou
Germano Rigotto – PMDB (ex-governador)
A primeira dificuldade aqui é tentar identificar se o candidato do PMDB (seja Rigotto ou Fogaça) estará no Campo Governista ou Oposicionista. Os PMDBistas gaúchos são anti-petistas tradicionais, mas em função do acordo das cúpulas partidárias, em nível nacional, pode ser que Fogaça ou Rigotto apóie Dilma. Neste caso, Serra ficará em situação extremamente difícil no Rio Grande do Sul, pois só restará ao presidenciável tucano a barca furada de Yeda Crusius. Os candidatos do PMDB aparecem em segundo lugar nas pesquisas, com desempenhos muito parecidos. Tarso Genro, do PT, vem liderando as intenções de voto, mas o Ministro da Justiça enfrentará grande dificuldade no segundo turno, pois eleitores do PMDB e do PSDB devem se unir para impedir a vitória do petista. Se Beto Albuquerque, do PSB, hoje com fraco desempenho nas pesquisas, conseguir reunir um bom numero de partidos em torno de sua candidatura, terá grande potencial de crescimento. A candidatura do socialista no Rio Grande do Sul está fortemente vinculada à candidatura de Ciro, do mesmo partido. Se o presidenciável do PSB insistir em permanecer na disputa nacional, Beto deve levantar o palanque da legenda no estado.
Senado: Os principais candidatos ao Senado, pelo RS, são Sérgio Zambiasi, do PTB, Paulo Paim, do PT, e Germano Rigotto, do PMDB (caso o candidato a Governador seja Fogaça). No caso de Rigotto disputar o executivo, é improvável que Fogaça deixe a prefeitura da capital.
CAMPO GOVERNISTA
Osmar Dias – PDT (senador)
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Orlando Pessuti – PMDB (atual vice-governador)
CAMPO OPOSICIONISTA
Beto Richa – PSDB (prefeito de Curitiba)
No Paraná, o PT trabalha para compor com Osmar Dias, por avaliar que este seria um forte palanque para Dilma. Para isso, os petistas precisarão romper a aliança que mantêm com o Governador Roberto Requião, do PMDB. O Governador paranaense pretende eleger o seu vice, Orlando Pessuti, e contava com o apoio do PT. O problema é que, enquanto Osmar Dias disputa a ponta das pesquisa com Beto Richa, o vice-governador tem desempenho bastante fraco. Há ameaças de que o PMDB do Paraná apóie Serra, caso os petistas não componham com Pessuti. Eu avalio que dificilmente os PMDBistas liberarão Lula para fazer campanha apenas para Osmar Dias. De qualquer forma, o Paraná é um daqueles estados em que tudo pode acontecer. E, se Beto Richa for candidato ao Governo, é muito difícil que não seja eleito.
Senado: Requião deve disputar o Senado, e é forte candidato, como qualquer governador em exercício de mandato. Pelo PT, Gleise Hoffman é a candidata, com boas chances. Mas, é muito difícil que o candidato ao Senado da chapa de Beto Richa não seja eleito. O PSDB deve indicar o deputado federal Gustavo Fruet. Outros nomes, com menores chances, participarão da disputa.
CAMPO GOVERNISTA
Ângela Amim – PP (deputada federal, ex-prefeita de Floripa)
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Ideli Salvatti – PT (senadora)
CAMPO OPOSICIONISTA
Eduardo Moreira – PMDB (presidente estadual do PMDB)
ou
Leonel Pavan – PSDB (atual vice-governador)
ou
Raimundo Colombo – DEM (senador)
Primeiramente, é preciso explicar que os três candidatos do Campo Oposicionista pretendem estar unidos no pleito de 2010. De maneira que apenas um deve ser candidato, com apoio dos outros dois. Mas, ainda há impasse na escolha do nome que será o cabeça de chapa. De qualquer forma, a disposição dos partidos (PMDB, PSDB e DEM) é permanecerem juntos em Santa Catarina. É um dos estados em que o PMDB não apoiará Dilma, a despeito de qualquer pressão. O atual governador, o PMDBista Luiz Henrique da Silveira, sofre pressão do seu partido para lançar o presidente estadual da legenda, Eduardo Moreira. Entretanto, o vice-governador, Leonel Pavan, é do PSDB. Como o governador deixará o cargo para disputar do Senado, o PSDB estará com a caneta na mão, durante a campanha, buscando a reeleição. Já os DEMocratas tentam emplacar o Senador Raimundo Colombo. Na oposição, a Ideli Salvatti pode desistir da reeleição para o Senado (em que teria chances razoáveis) para tentar o Governo (com chances reduzidas, na minha avaliação). Ângela Amim tem maiores condições de levar o pleito para o segundo turno, contra o candidato da situação (que me parece ser favorito, seja quem for). A eleição catarinense está bastante indefinida, por enquanto.
Senado: o Governador PMDBista, Luiz Henrique, deve disputar o Senado, com grandes chances. O PP deve lançar Esperidião Amim, que também é um nome com densidade eleitoral. Com menores chances, PT aposta no deputado federal Cláudio Vinhati.
CAMPO GOVERNISTA
Ricardo Ferraço – PMDB (atual vice-governador)
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Renato Casagrande – PSB (senador)
CAMPO OPOSICIONISTA
Luís Paulo Velloso Lucas - PSDB (deputado federal, ex-prefeito de Vitória)
Há uma grande aliança no Espírito Santo para eleger o atual vice-governador, Ricardo Ferraço, do PMDB. O grande fiador desta aliança é o Governador Paulo Hartung, também do PMDB. O PT, liderado pelo prefeito de Vitória, João Coser, buscará compor com o Governador, para montar um forte palanque para Dilma no estado. Ricardo é o favorito para a disputa. Quem ameaça romper esta aliança é o senador Renato Casagrande, do PSB, que é mais conhecido que o vice-governador, e atualmente está na frente nas pesquisas. Novamente, a candidatura estadual do Socialista depende muito da candidatura de Ciro. Pela oposição, o deputado Luís Paulo Velloso Lucas fará o palanque de Serra.
Senado: o senador Magno Malta, do PR, buscará a reeleição, com boas chances de vitória. O governador Hartung é fortíssimo candidato a uma das vagas para o Senado. Pela oposição, quem tem maiores chances é a deputada federal Rita Camata, que trocou o PMDB pelo PSDB este ano.
Bela análise. Precisa e competente.
ResponderExcluirAinda não li todos, mas gostei. Queria corrigir apenas alguns pontos, com esse texto do site do PT: "Candidaturas estaduais do PT devem seguir tática nacional. Em resolução aprovada em 8 de maio, o DN definiu que a tática geral do PT para as eleições de 2010 será orientada para vitória na disputa presidencial, submetendo a ela todos os processos estaduais. Segundo a resolução, os processos para definição estatutária de candidaturas nos Estados só poderão ter início após o 4º Congresso Nacional do PT.
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