Este mês, Protógenes Queiroz voltou à berlinda midiática em função do seu depoimento à CPI dos grampos. Além dele, o banqueiro Daniel Dantas também depôs na Comissão. Ambos estavam amparados por um habeas corpus, que permitia aos depoentes dizer apenas o que quisessem. Protógenes afirmou que foi espionado pelo banqueiro. Segundo Dantas, o vídeo que mostra um dos seus homens subornando um agente da PF é, na verdade, uma montagem. Desde a eclosão da Operação Satiagraha,os principais veículos de comunicação têm dado muito mais destaques às possíveis falhas do delegado, e menos informações sobre os crimes praticados e a origem do magnata Daniel Dantas.
Em seu Blog, Noblat denunciou o debate que tem sido feito acerca da investigação realizada por Protógenes. O blogueiro reclama que qualquer crítica feita ao delegado tem sido automaticamente associada a uma defesa do banqueiro Daniel Dantas. Nas palavras do blogueiro, “Se hesitar em responder que está do lado do delegado é porque você é defensor enrustido do banqueiro [...] Se insinuar que o delegado, [...] tenha exorbitado dos seus poderes é porque você é um “dantista” descarado”. Pobre Noblat, injustiçado, perseguido, incompreendido, não se conforma... No final, a postagem também faz uma série de perguntas: “Mas quem derrubou Protógenes da coordenação da Satiagraha – quem foi? Quem distribuiu trechos de uma fita onde ele parecia pedir para deixar a função – quem foi? Quem ordenou a abertura de inquérito para investigar sua conduta – diga lá? E quem se prepara para denunciá-lo à Justiça por supostos crimes - quem? Resposta a todas as perguntas: o governo do cara, do boa pinta, via Ministério da Justiça e Polícia Federal”. Noblat pretende deixar claro que o Governo Lula não tem interesse em investigar Dantas, e que também investe contra o delegado!
Agora vejam que distorção mais desonesta a do Noblat. A questão não é a retidão dos procedimentos do Protógenes, não se trata de defender ou indignar-se diante dos excessos do delegado, justificar ou não os meios utilizados na investigação. A questão é o momento em que boa parte da mídia e jornalistas como o Noblat escolheram para iniciar esta empreitada contra a polícia federal. Inúmeros brasileiros sofrem todo o tipo de abuso, especialmente no interior deste país afora. Menores são encarcerados, mulheres são mantidas em celas com homens, inocentes são detidos sem direito à ampla defesa, as mais sórdidas formas de violações de direitos humanos ocorrem diariamente, incluindo tortura! Sabemos que, com freqüência, muitos delegados adotam este tipo de expediente como rotina. Pois bem, meus amigos, tudo isto passa ao largo de Noblat e Cia. Entretanto, bastou mexer com os interesses de Daniel Dantas, o influente-mor (já que o crápula sou eu), para presenciarmos uma enxurrada de críticas a um delegado. Alguma outra Operação federal despertou tanta indignação por parte dos jornalistas? Ou fez programas especializados em políticas promoverem profundos debates sobre o Estado Democrático de Direito? Tente lembrar...
Portanto, absolutamente, não é que todo crítico de Protógenes seja automaticamente um defensor de Dantas. Ao contrário, tudo indica que o delegado cometeu mesmo abusos. As incongruências no relatório por ele produzido já foram demonstradas por muitos jornalistas. O problema é esta indignação seletiva de setores da mídia, é este resgate dos direitos humanos apenas para os humanos que convém, é esta combatividade dirigida. Em muitas cidades do interior deste país, parece que o tempo parou no que tange direitos humanos, mais que isso: os Direitos e o Estado inexistem, o poder público não chega por nenhum canal. Mas foi somente depois da prisão de um magnata – com tentáculos da política à mídia – que o Brasil foi dormir Democracia e acordou Grampolândia. De repente, lembraram a importância do Estado Democrático de Direito. Veículos de comunicação investiram contra a Polícia Federal, naquilo que procede e naquilo que não procede! O Willia Bonner afirma em seu Jornal que grampearam o presidente do STF e o Senador do DEM, mas até hoje isso nunca foi checado, nunca comprovado. A Veja lançou a tese, mas é a palavra dela contra a da Inteligência Brasileira. Sobre as perguntas que o Noblat fez no final do seu post, de fato, foi o Governo Lula que repreendeu, afastou e investiga Protógenes. Agora eu faço outra pergunta ao blogueiro: em que Governo a Polícia Federal pode investigar, prender e reunir provas contra o banqueiro bandido?
Em seu Blog, Noblat denunciou o debate que tem sido feito acerca da investigação realizada por Protógenes. O blogueiro reclama que qualquer crítica feita ao delegado tem sido automaticamente associada a uma defesa do banqueiro Daniel Dantas. Nas palavras do blogueiro, “Se hesitar em responder que está do lado do delegado é porque você é defensor enrustido do banqueiro [...] Se insinuar que o delegado, [...] tenha exorbitado dos seus poderes é porque você é um “dantista” descarado”. Pobre Noblat, injustiçado, perseguido, incompreendido, não se conforma... No final, a postagem também faz uma série de perguntas: “Mas quem derrubou Protógenes da coordenação da Satiagraha – quem foi? Quem distribuiu trechos de uma fita onde ele parecia pedir para deixar a função – quem foi? Quem ordenou a abertura de inquérito para investigar sua conduta – diga lá? E quem se prepara para denunciá-lo à Justiça por supostos crimes - quem? Resposta a todas as perguntas: o governo do cara, do boa pinta, via Ministério da Justiça e Polícia Federal”. Noblat pretende deixar claro que o Governo Lula não tem interesse em investigar Dantas, e que também investe contra o delegado!
Agora vejam que distorção mais desonesta a do Noblat. A questão não é a retidão dos procedimentos do Protógenes, não se trata de defender ou indignar-se diante dos excessos do delegado, justificar ou não os meios utilizados na investigação. A questão é o momento em que boa parte da mídia e jornalistas como o Noblat escolheram para iniciar esta empreitada contra a polícia federal. Inúmeros brasileiros sofrem todo o tipo de abuso, especialmente no interior deste país afora. Menores são encarcerados, mulheres são mantidas em celas com homens, inocentes são detidos sem direito à ampla defesa, as mais sórdidas formas de violações de direitos humanos ocorrem diariamente, incluindo tortura! Sabemos que, com freqüência, muitos delegados adotam este tipo de expediente como rotina. Pois bem, meus amigos, tudo isto passa ao largo de Noblat e Cia. Entretanto, bastou mexer com os interesses de Daniel Dantas, o influente-mor (já que o crápula sou eu), para presenciarmos uma enxurrada de críticas a um delegado. Alguma outra Operação federal despertou tanta indignação por parte dos jornalistas? Ou fez programas especializados em políticas promoverem profundos debates sobre o Estado Democrático de Direito? Tente lembrar...
Portanto, absolutamente, não é que todo crítico de Protógenes seja automaticamente um defensor de Dantas. Ao contrário, tudo indica que o delegado cometeu mesmo abusos. As incongruências no relatório por ele produzido já foram demonstradas por muitos jornalistas. O problema é esta indignação seletiva de setores da mídia, é este resgate dos direitos humanos apenas para os humanos que convém, é esta combatividade dirigida. Em muitas cidades do interior deste país, parece que o tempo parou no que tange direitos humanos, mais que isso: os Direitos e o Estado inexistem, o poder público não chega por nenhum canal. Mas foi somente depois da prisão de um magnata – com tentáculos da política à mídia – que o Brasil foi dormir Democracia e acordou Grampolândia. De repente, lembraram a importância do Estado Democrático de Direito. Veículos de comunicação investiram contra a Polícia Federal, naquilo que procede e naquilo que não procede! O Willia Bonner afirma em seu Jornal que grampearam o presidente do STF e o Senador do DEM, mas até hoje isso nunca foi checado, nunca comprovado. A Veja lançou a tese, mas é a palavra dela contra a da Inteligência Brasileira. Sobre as perguntas que o Noblat fez no final do seu post, de fato, foi o Governo Lula que repreendeu, afastou e investiga Protógenes. Agora eu faço outra pergunta ao blogueiro: em que Governo a Polícia Federal pode investigar, prender e reunir provas contra o banqueiro bandido?
Os "humanos convenientes" que transformam o cenário político/midiático em preto ou branco para que a mínima diferença surja em total contraste. O resto que se esforce pra ver os tons de cinza. De preferência fora do cenário...
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