A mídia pode exercer a função de fiscalizar, cobrar, pressionar o Governo. Pelo menos é o que defende boa parte dos jornalistas. “Mídia não pode ser chapa branca”, explicam. De fato, o jornalismo pode ajudar a descobrir coisas erradas e incentivar os governos a mostrar trabalho. Seria válido, se valesse pra todos os partidos, e todas as correntes ideológicas. Os veículos de maior alcance, no Brasil, deram grande visibilidade para as críticas da oposição e os escândalos do Governo Lula, é seguro dizer. Mesmo à figura pessoal do Lula, há sempre certa resistência, por parte do colunismo político. Ao ponto de simpatizantes da esquerda e do lulismo disseminarem-se pela internet com blogs para rebater as versões mais comuns no jornalismo. Seriam tantos esquerdistas complexados? Acometidos de mania de perseguição? Adeptos de uma teoria da conspiração? Alguns, pode ser. Todos, improvável.
Pelo menos este caso, do Paraná, estampa de forma gritante que o jornalismo pode ter preferências e simpatias, usando dois pesos e duas medidas. À época dos mandatos de Requião, Fábio Campanha era implacável! As críticas, as mais duras, eram diárias. Poderíamos aplaudir a postura vigilante, fiscalizadora, republicana, do jornalista. Não fosse a mais abrupta inversão de posicionamento, assim que iniciou o governo do PSDB no Paraná, com Beto Richa. O jornalista passou a uma eufórica tietagem do tucano. Ainda sobram críticas a Requião. Eventualmente, ao Governo Federal. Campana virou crítico ferrenho... da oposição! Exercida naquele estado principalmente pelo PT. Ao governador, o jornalista presta um serviço melhor que o de qualquer assessoria de imprensa. Essa história de jornalista crítico e combativo parece depender da conveniência... Uma pessoa pode ter preferências político-ideológica. Mas, uma coisa é expressá-las como um cidadão comum, outra coisa é travestir militância partidária de "jornalismo".
Campana é colunista político de alguns dos maiores jornais do Paraná: O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e Gazeta do Paraná. É ainda diretor da editora Travessa dos Editores, e editor das revistas Et Cetera e Ideias.
Campana é colunista político de alguns dos maiores jornais do Paraná: O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e Gazeta do Paraná. É ainda diretor da editora Travessa dos Editores, e editor das revistas Et Cetera e Ideias.
Tudo bem companheiro? Espero que sim!
ResponderExcluirHá certo tempo venho compartilhando o endereço do seu blog em http://olhosdosertao.blogspot.com/
Gostaria que trocar links, se isto interessar a você.
Fico no aguardo de sua resposta para o e-mail professorluismoreira@gmail.com
Abraços.
Luis Moreira
Editor: http://olhosdosertao.blogspot.com/
Não é de hoje que a dobradinha mídia e política dá o que falar. Bom, o fato é que todos os políticos conhecem a importância e o poder da comunicação, principalmente no que consiste em vender suas imagens. O mais grave é quando os próprios grupos políticos administram as empresas de comunicação do estado, como ocorre aqui no Pará... A concorrência se vê na obrigação de fazer oposição e o jornalismo, de chapa branca, se torna totalmente parcial, aliás, parcial até demais. Não sei se acompanhastes na imprensa daqui há alguns meses a baixaria Barbalhos x Maioranas... Uma vergonha!
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