domingo, 27 de junho de 2010

Drops - Junho

A baixaria sobre o vice do Serra

O mais irônico é isso. Os tucanos são sempre tão polidos, tão previsíveis. tão lineares, tão paulistas. E agora criam esse barraco de feira em torno do posto de vice. O DEM foi o maior responsável pelo “rebaixamento do nível”, especialmente por meio do deputado federal Ronaldo Caiado, de Goiás, que defendeu com todas as letras no Twitter o rompimento formal com o Serra. Roberto Jefferson, do PTB, também deu contribuição peculiar ao debate: chamou o DEM de merda, também pelo Twiiter. Mas o tucano Álvaro Dias não deixou por menos. Segundo Painel da Folha de S. Paulo deste domingo (27), Álvaro Dias chamou o DEM de “partido de mensaleiros”. Bom, isso tudo porque o PSDB quer dissuadir o Senador Osmar Dias de concorrer ao Governo do Paraná. Osmar não considera ético ser rival político do irmão. Como a disputa entre os Dias não seria direta, não é garantido que a estratégia tucana para o Paraná dará certo. Até quarta, saberemos.

Tragédia no Nordeste

Especialistas dizem que as chuvas atingem níveis muito altos em ciclos de 10 anos. Supostamente, no ano 2000 teria sido a última vez que o Nordeste enfrentou problemas com chuva nesta magnitude. Mesmo sem ser especialista, não creio que o Nordeste já tenha enfrentado algo parecido. Cidades de pequeno porte foram literalmente varridas do mapa pelas águas. Quase um tsunami em pleno sertão. Aliás, as chuvas no Rio de Janeiro e em Niterói também parecem ter sido sem precedentes. E quem pode esquecer o caso de Santa Catarina, há dois anos? Tudo isso está relacionado a deficiências históricas de políticas de urbanismo, infra-estrutura, habitação, saneamento, drenagem etc. Se ampliarmos as fronteiras, podemos listar também os terremotos no Chile e no Haiti, como tragédias de proporções inéditas. Além da omissão política, problemas como estes estão associados também com mudanças climáticas, que por sua vez estão relacionadas com a ação do homem, especialmente a expansão descontrolada pelo território. Em última instancia, não seria uma resposta do planeta?

Marina Silva e seu eleitorado

O contraditório dessa candidatura é que Marina apela para um público mais elitizado, escolarizado, consumidor de informação, aquele segmento relacionado ao chamado “voto de opinião”. Certamente, Marina herdará muitos eleitores de Cristovam em 2006. É, realmente, um eleitorado extremamente sensível a bandeiras como educação, meio ambiente e ética. Outra característica deste grupo de eleitores é que ele tende a ser francamente progressista, no campo comportamental. Marina, por sua vez, é evangélica, algo moralista, e contra um direito civil básico como casamento gay. Neste prisma, candidata e eleitorado preferencial são quase como água e óleo. Na verdade, diferentes facetas do perfil de Marina apelam para segmentos da sociedade muitos divergentes. É algo curioso a se observar nestas eleições.

Um comentário:

  1. É só iniciar o ano de campanha que começa a troca de ofensas em público, um partido querendo dar um tiro mais certeiro no outro... só baixaria.

    Com relação à catástrofe no nordeste e tantas outras, é mto fácil apenas culpar a natureza e depois apenas remediar a situação, fazendo com que as vítimas dependam da caridade alheia.

    Marina é a candidata daqueles que ainda têm esperanças em mudar o mundo... As bandeiras da ética e meio ambiente pode ser puro idealismo e demodê, mas é do que o mundo precisa atualmente. Fico com Marina, pelo menos no primeiro turno, por uma questão de princípios. Não creio que as opiniões pessoais e religiosas dela afetem o governo do país, a não ser que ela tb se corrompa como todos ou outros ou se revele totatalitária, rsrsrsr. Eu, heim!!

    Bjs, apareça :)

    ResponderExcluir