domingo, 31 de janeiro de 2010

Drops - Janeiro

Vergonha alheia

É PA TÉ TI CO o esforço da mídia pra forçar o Aécio a sair de vice do Serra. Sabem que as chances dos tucanos, hoje remotas, aumentariam muito com a tal chapa pura, que uniria São Paulo e Minas. Acontece que o Aécio não quer ser vice, ele se considera (e efetivamente é) maior que isso, politicamente. Para Aécio, seu projeto pessoal é mais importante do que o projeto do seu partido. Ele prefere esperar para ser presidente no futuro. O Governador de Minas já declarou inúmeras vezes que as chances de ser vice de Serra são nulas. Recentemente, deu entrevista para o Bob Fernandes, declarando exatamente isto. Ainda assim, são constrangedoramente insistentes essas notas plantadas na Imprensa dando conta de que Aécio pode ser convencido. No jornal O Tempo, de Minas (um dos estados em que a Imprensa é acintosamente tucana), encontrava-se a manchete “Aécio diz que resistência a ser vice não é ‘irreversível’”. A matéria dizia ainda que o Governador “decidiu rever sua avaliação” e “sinalizou que pode estar disposto a rediscutir a idéia”. Ao longo do texto esclarecia-se que a afirmação de Aécio na verdade foi: “irreversível é a morte”, mas o governador mateve sua posição de mergulhar nas questões de Minas, como vem afirmando desde o começo.

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Tudo ajudando

Segundo o IBGE, no início deste século, o Brasil atingiu uma situação demográfica ideal para crescimento econômico, o chamado bônus demográfico. Isso signifca que a população economicamente ativa supera largamente a de dependentes, composta por idosos e crianças. Segundo especialistas, é uma condição propícia ao desenvolvimento de uma economia. Aliada a isso, está uma "estrutura social que realça uma proporção da população em idade em que o retorno social e econômico das pessoas é maior", explica o professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, José Eustáquio Diniz Alves. Parece mesmo que tudo conduz para um período de forte desenvolvimento brasileiro nas próximas décadas. Se existir algo como "o momento de um país", o nosso chegou e a gente não pode desperdiçar. Claro que um processo de intenso desenvolvimento também depende de investimentos contínuos, da iniciativa privada, das gestões públicas, e investimentos estrangeiros também são muito bem-vindos. Todos estes 3 tipos de investimentos têm crescido sensivelmente desde começo do século. O mercado consumidor interno também tem sido muito valorizado. Enfim, por uma série de razões, o Brasil é mesmo a bola da vez.

Pesquisa Vox Populi

A Band divulgou uma pesquisa Vox Populi sobre a sucessão presidencial. Nela, Serra obtém 34% de intenções de votos, Dilma tem 27%, Ciro aparece com 11% e Marina pontua 6%. Este é o maior desempenho já registrado pela candidata petista em pesquisas. Particularmente, não esperava que a Ministra atingesse esta marca antes do horário eleitoral. Creio que as próximas pesquisas devem mostrar Dilma com um desempenho parecido, ou até alguns pontos menor. Insisto que um crescimento mais forte só se dará realmente quando do horário eleitoral na TV. Antes disto, a Ministra deve orbitar os 30% - um pouco menos por enquanto, e talvez um pouco mais já para o meio do ano. Voltaram os boatos sobre uma possível desistência de Serra. Imagina-se que o tucano prefira a sucessão em São Paulo, em que teria reeleição quase garantida. Acho tarde para uma retirada, e parece que a leitura dos tucanos é a de que a candidatura petsita não crescerá muito mais do que isso. Na corbertura jornalística sobre a pesquisa, o destaque fica para o Estadão. Mesmo com o surpreendente crescimento de Dilma, e consequente diminuição da diferença para o Serra, o destaque na manchete do site do Estadão foi: "Serra é favorito". Realmente, indefensável!


Tom da Campanha

O primeiro mês do ano eleitoral já começou com uma temperatura bastante elevada. Em janeiro, vimos uma guerra de notas entre PT e PSDB. Tudo começou com uma referência de Dilma à entrevista do Senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB. Na Veja, o tucano criticou o PAC, e alguns itens da política econômica do Governo Lula, e sinalizou mudanças com uma eventual eleição de Serra. Foi um tiro no pé. Os próprios colegas de legenda apressaram-se para repreender Guerra. Mas o estrago já estava feito, e a candidata palaciana aproveitou a oportunidade. O presidente tucano retrucou por mieio de uma pesada nota em que, dentre vários ataques, chamava Dilma de mentirosa. O presidente do PT utilizou o mesmo tom e, em nota, chamou Guerra de jagunço da política. Alguns blogs dizem que, reunido com Ministros, Lula teria chamado o presidente do PSDB de babaca. Bom, estou entre os que acham que uma discussão com ofensas ainda é melhor que nenhuma discussão. Pelo menos dá pra se ter uma noção sobre quais são as visões da oposição e do Governo sobre o PAC e outros itens importantes. Além disso, o bate-boca partidário também serviu para dar mais visibilidade e introduzir de maneira mais clara a Ministra Dilma na disputa eleitoral. E acho que, do ponto de vista estratégico, a pré-candidata petista teve um bom começo: fez uma crítica dura, transmitindo firmeza.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Onde está Bachelet?

No último domingo, José Piñera, candidato da direita, foi eleito presidente do Chile. A Concertación, que reunia vários partidos de centro e de esquerda, deixou o poder depois de eleger quatro presidentes. Dentre eles, Michele Bachelet, atual presidenta. No Chile, não há reeleição. Piñera é um mega empresário, trouxe os cartões de crédito para seu país e é um dos homens mais ricos do Chile. O candidato da direita é visto pelos adversários como um herdeiro da Ditadura de Pinochet. A bem da verdade, em 1988, Piñera votou 'não' no plebiscito sobre a permanência de Pinochet - o que abriu caminho para a democracia no Chile, e para as sucessivas vitórias da Concertación. Entretanto, o candidato chegou a declarar, em um debate, que “não é delito ter colaborado com Pinochet”. Há controvérsias! Fato é que o grupo político que assassinou Salvador Allende e implantou um regime totalitário no Chile apoiou Piñera durante toda a campanha, e certamente estará no próximo Governo. A situação da oposição no Chile é análoga a de José Serra, aqui.



O presidenciável tucano tem apoio incondicional do DEM, em qualquer esfera de poder em que esteja (municipal, estadual ou federal). O DEM, como se sabe, é o antigo PFL, filho da Ditadura. Acontece que, apesar de Piñera ter conseguido desvencilhar-se disto, os crimes do Regime Militar ainda são vividamente lembrados no Chile. No Brasil, por mais que a Ditadura seja lembrada em alguma medida, não se faz a relação com o presente. Não se busca compreender como muitos políticos daquela época sobrevivem nos dias de hoje. O DEM nunca é retratado, na cobertura jornalística, como tendo qualquer vínculo com o Governo dos militares. A grande maioria do eleitorado passa ao largo desta relação. É possível que a pecha que tentam colar na Dilma – de terrorista, guerrilheira, assassina – ainda faça mais barulho nas eleições deste ano, do que qualquer relação da oposição com a Ditadura brasileira. Até porque, para alguns “formadores de opinião”, por aqui só tivemos Ditabranda.

Mas, voltando às eleições chilenas. Bom, como qualquer um poderia prever, jornalistas de todos os cantos destacaram o seguinte sobre as eleições do Chile: “a presidenta, com mais de 80% de popularidade, não conseguiu fazer seu sucessor”, insinuando que o mesmo vai acontecer por aqui. De fato, a presidenta Bachelet tem mais de 80% de aprovação, como Lula. Mas traçar paralelos entre as eleições daqui e de lá é bastante frágil. E os motivos são vários. Primeiro: aqui, Dilma ainda é desconhecida ou conhecida superficialmente por boa parte da população, o que não ajuda, mas também não atrapalha. Lá, Frei já foi presidente da República, ou seja, já era bastante conhecido em todo o território nacional. Entretanto, terminou seu Governo com uma avaliação que deixava a desejar. Segundo: aqui, a esquerda está no poder há 8 anos. Lá, a Concertación já estava no poder há 20. É inevitável algum desgaste e fadiga de material.

Terceiro: Bachelet não deu as caras no programa de TV do Frei. Simples assim. Não sei exatamente o motivo. Assisti a vários programas, e a Bachelet apareceu num ou outro frame. Jânio de Freitas, da Folha, diz que, a presidenta “cumpriu sem desvio algum o preceito de que aos presidentes cabe presidir as eleições. Permitiu-se no máximo, já no segundo turno, uma palavra de eleitora favorável a Eduardo Frei, de cuja escolha como candidato Bachelet nem participou”. Questão de tradições de cada país... Alguém imagina o Lula não aparecendo no programa da Dilma? É capaz que apareça mais que a própria candidata! Ainda assim, Lucia Hippolito teve o descaramento de escrever que “do alto de sua popularidade, Michelle Bachelet atuou fortemente ao lado do candidato Eduardo Frei, sobretudo na reta final do segundo turno, mas não conseguiu transformar seu prestígio em votos”. Aí embaixo tem o último programa do segundo turno da campanha do Frei (que, aliás, achei ótimo). Quem achar a Bachelet ganha um doce.




quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Crítica: Avatar

Peço licença para tratar neste texto de um assunto sobre o qual eu nunca escrevi neste blog: Cinema. E nem vou falar sobre o filme do Lula – que eu não vi, ainda. Mas, sobre Avatar. Um filme que me impressionou como poucos. O roteiro é meio Walt Disney, os diálogos são rasos, mas Avatar é aquele tipo de filme que consegue, em alguma medida, traduzir características da própria sociedade em que surge. O título do filme não podia ser mais apropriado. James Cameron brinca com a idéia do avatar em vários níveis. Em Pandora (planeta fictício do filme), um humano pode viver como um genuíno na'vi – espécie de humanóides. Nesta experiência, os humanos não perdem a ligação com seus corpos “principais”, apenas experimentam outra representação, um personagem, em outro universo. Homens também se vestem de robôs, quando os militares entram em complexos aparatos antropomórficos para ir ao combate. Os próprios na'vi ligam-se fisicamente as suas criaturas aladas, de maneira que ambos tornam-se um único ser. Cada uma destas relações dialógicas representa aproximação entre figuras historicamente separadas pela Modernidade: o civilizado e o primitivo, o orgânico e o inorgânico, o racional e o irracional.




Conceitos que posicionavam-se em relações binárias são submetidos a processos de simbiose, em Avatar. Nos dias de hoje, estamos cercados por processos similares. Na Internet, temos diversos avatares, por meio dos quais podemos vivenciar experiências e sensações modificadas pelo ambiente online. Temos a oportunidade de criar representações e explorar novos territórios. O personagem principal do filme descobre no povo na'vi um universo muito mais interessante do que tudo aquilo que já conhecia. Um cadeirante, cercado por limitações, de repente, renasce em um mundo fascinante e inteiramente a sua disposição. Jake Sully apodera-se de um corpo sintético, mas imprime sua própria personalidade, e percebe todos os movimentos e sensações daquele avatar como sendo seus. A experiência do personagem principal não é distante daquilo que praticamos com nossos avatares da web. Muitas vezes, somos mais atraídos pelas experiências online do que pelo que está ao nosso alcance, fisicamente.

As circunstâncias especiais do protagonista levam-no a uma situação que contrasta com a mentalidade humana que predomina no filme. Os homens de Avatar não compreendem e, na verdade, nutrem desprezo pelo povo nativo de Pandora. Ao mesmo tempo, aquela comunidade representa tudo que a Modernidade abomina: trocam o progresso, o desenvolvimento, a tecnologia e as comodidades, por uma vida rústica e uma relação de equilíbrio com a natureza - a verdadeira antítese do Paradigma Moderno, um “demônio” que precisa ser exorcizado pela racionalidade humana. Neste momento, a produção de James Cameron deixa de ser uma ficção, e guarda semelhanças precisas com a realidade. A lógica ocidental de confronto imediato com o desconhecido, a destruição sumária do que é diferente, é retratada no filme de maneira a estabelecer paralelos com diversos momentos da história da humanidade. E não precisa ir muito longe. Parker, o personagem responsável por comandar as ações dos humanos, praticamente biografa George W. Bush. O ímpeto imperialista americano está refletido em Avatar com fidelidade.

A principal nação do planeta, com o maior nível de desenvolvimento, a maior riqueza, o maior PIB, o maior poderio militar, a maior força geopolítica (em outras palavras, a que mais representa os mandamentos modernos) reagiria da mesma forma que os humanos do filme. Os baluartes da "racionalidade" seriam capazes de cometer os atos mais bárbaros, intolerantes e irracionais. Talvez, seja possível relativizar este perfil com um presidente democrata, como Obama. Entretanto, Obama acaba de dar uma prova muito eloqüente – na Conferencia sobre o Clima de Copenhage – de que um presidente americano, a despeito de orientações ideológicas, será sempre um presidente americano. Entre um compromisso genuíno com a mobilização para salvar o planeta e o compromisso com os valores desenvolvimentistas americanos, Obama ficou com o segundo. Em Copenhague, teve uma participação frustrante. Apesar disso, as pressões ambientais continuarão cada vez mais fortes. Este é o assunto mais discutido no mundo atualmente. Estamos vivendo exatamente o momento da falência do Paradigma Moderno.

A Ciência agora constata um processo de destruição do planeta, causado pela própria Ciência, pela lógica da acumulação e do progresso a qualquer custo. Representantes de todas as partes do mundo reúnem-se para tentar achar uma saída, se é que há. Os otimistas apontam saídas ousadas demais, quase impraticáveis. Os pessimistas vêem tudo como uma utopia, em que nenhuma das partes jamais cederá ou aceitará maiores sacrifícios. Na ficção de Cameron, a humanidade saiu derrotada. Venceram aqueles seres primitivos, que mantinham práticas obscuras, ritualísticas e cheias de simbolismos. Seres que prezavam por uma relação de harmonia e temor com os recursos naturalmente oferecidos - tudo que a razão desqualifica. Avatar reúne temas relevantes para a sociedade contemporânea e, de maneira lúdica e romântica, articula estas paratextualidades com competência. O filme de James Cameron, por um motivo ou outro, ainda será lembrado daqui 20 ou 30 anos. Para além dos méritos inquestionáveis de efeitos especiais e computação gráfica, penso que o filme merece reconhecimento por espelhar o momento histórico em que foi concebido.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Analista global: ignorante e um tanto preconceituoso

Eu fico chocado com o despreparo de determinados especialistas convocados pela mídia. Na maioria das vezes, a discordância é subjetiva. Discordo de muitas análises que predominam na grande Imprensa, mas, na verdade, tratam-se de interpretações diferentes dos fatos, muitas das quais são impossíveis mesmo de serem prevista. Mas, desta vez, para além de uma interpretação equivocada, verifiquei distorção dos fatos, falta de informação e uma pitada de preconceito, na análise do convidado do Globo News Painel. No último sábado – quando os convidados do programa analisavam as eleições de 2010 e as chances de Lula transferir votos para Dilma – o cientista político Amaury de Souza, sócio-diretor da MCM Consultores, afirmou que Lula já transferiu o que tinha para transferir, pois para a transferência ocorrer é preciso haver um tipo de eleitorado muito específico, com baixíssima informação política, muita dependência do governo, ou seja, Nordeste, e isto já ocorreu. Outro motivo que atrapalha a transferência, segundo o isento analista, é o seguinte: a candidata é ruim.

Bom, desta vez não posso perder tempo com os juízos de valor do analista global, é preciso simplesmente repor a verdade, diante da ignorância do “especialista”. Acontece o exato oposto do que o convidado de William Wack falou: Dilma sobe nos segmentos mais ricos e escolarizados da população. Hoje, os 23% que a petista tem no Datafolha caem para 21% entre os que possuem apenas ensino fundamental, e convertem-se em 29% entre os que têm formação superior. Os mesmos 23% de Dilma são mantidos quando considerados apenas os brasileiros que ganham até 5 salários mínimos, mas sobem para 30%, se tomamos os brasileiros que ganham mais de 10 salários mínimos. Ou seja, o desempenho da Ministra melhora, a diferença para José Serra é menor, exatamente no topo da sociedade. O Brasil de “baixíssima informação política e muito dependente do Estado”, como nos termos colocados por Amaury de Souza, existe, sim, mas não é o Brasil que concede à Dilma força eleitoral. Certamente, esta é a camada da população em que a candidatura Governista tem maior potencial, mas este potencial ainda não se concretiza.

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Exatamente por não acompanhar o noticiário político com tanto interesse e assiduidade, os brasileiros de poder aquisitivo e escolaridade mais baixos, que não se resumem ao Nordeste (o Norte não é sequer lembrado), ainda não identificam em Dilma a continuidade do Governo Lula. Provavelmente, isto só acontecerá a partir de agosto, quando do horário eleitoral gratuito. Até lá, o governo não terá canais (literalmente) para construir a candidatura Dilma, ou seja, colar na Ministra todas as conquistas do Governo e apresentar a candidata. Assim, ao contrário do que disse o cientista político, Lula não transferiu para Dilma tudo o que tinha para transferir. Lula mal começou a transferência. Aliás, não se trata de transferência de prestígio entre uma figura histórica e outra, como colocou William Wack. Trata-se de um processo de reconhecimento por parte da população daquela candidatura que melhor representa a continuidade das conquistas dos últimos anos. O voto da população tem um caráter pragmático muito forte, as pessoas votam de acordo com expectativas de manutenção e aprofundamento dos ganhos que tiveram ou pretendem ter.

Por fim, gostaria de rebater esta visão paulista de que o Brasil desinformado e dependente está apenas no Nordeste, ou ainda de que no Nordeste só existem pessoas desinformadas e dependentes. Nos estados nordestinos, assim como em qualquer estado, também há pessoas esclarecidas, com boas condições de vida - que aprovam o Governo Lula. Nos estados do Sul, por exemplo, e em São Paulo, a aprovação do Governo Federal, na pior das hipóteses, é de 60 e poucos por cento. É equivocada também a tese de que a transferência só se dá em eleitorados mais pobres. Como lembrou o equilibrado professor Luiz Gonzaga Belluzzo, já houve processos de transferência de votos em São Paulo: de Quércia para Fleury, de Maluf para Pita, e do Serra para o Kassab. Tenho certeza que o Amaury de Souza não classificaria os próprios paulistas com estes adjetivos. O fato é que a maioria dos brasileiros – de todas as partes, de variadas classes sociais, e com diferentes níveis de escolaridade – aprova Lula, e são potenciais eleitores de Dilma. É questão de tempo para que a candidatura Governista seja identificada como tal, por cada vez mais pessoas.

Globo News Painel - 02.01.2009 - a partir dos 9' (áudio)