O dia em que a mídia brasileira parou
Este mês, o Jornal da Globo – e vários outros jornais da mídia brasileira – fizeram um verdadeiro escarcéu com a reportagem do The Economist, em que o Senado brasileiro é chamado de “casa dos horrores”. Esta publicação inglesa freqüentemente faz matérias sobre o Brasil, muitas sobre política, mais ainda sobre economia. Aliás, por diversas vezes o The Economist fez elogios ao Governo Lula. Nesta reportagem, por exemplo, faz rasgados elogios ao Bolsa Família (com migalhas de repercussão na mídia brasileira, óbvio). Mas, de repente, o que diz o mesmo The Economist passou a causar verdadeiro furor entre os jornalistas brasileiros, foi parar nos espaços mais privilegiados da Imprensa nacional. Parecia que o Brasil tinha sido citado em uma revista internacional pela primeira vez! Será que é porque, dessa vez, a revista publicou algo palatável aos veículos de comunicação daqui? Será que a mídia brasileira só vai repercutir o The Economist quando for da sua conveniência? Imagina!
Mais uma da Cantanhêde
Mal eu um publico um texto sobre uma declaração esdrúxula da Eliane Cantanhêde, e ela me vem com outra pior ainda (se é que pode piorar). No programa Jogo do Poder da última quarta-feira, 29 de julho, Cantanhêde foi convidada por Alon Feuerwerker, para ajudar na entrevista com o Senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB. Depois que Sérgio Guerra discorreu sobre como tudo no Brasil dá errado, como o PAC é uma cantilena, como obra nenhuma vai dar certo neste país, enfim, pregou o verdadeiro apocalipse – esclarecendo porque os tucanos são favoritos para 2010; Cantanhêde fez a seguinte observação: "Mas o Bolsa Família compensa tudo isso...". Um político da oposição dizer que a popularidade do Governo Lula deve-se apenas ao Bolsa Família já é absurdo; uma jornalista especializada em política, com coluna no mais lido jornal do país, fazer uma insinuação deste tipo, então, é inominável! Este é um dos reducionismos mais frágeis da política brasileira. É EVIDENTE que o Governo tem pontos positivos que vão muito além do Bolsa Família. Penso que o jornalista deve arbitrar, mediar, equilibrar os discursos políticos. Se for assumir um posicionamento partidário, que pelo menos faça de maneira minimamente embasada.
Acesso à Universidade muda o destino de uma nação
Emocionante este vídeo do encontro entre Lula e universitários do PROUNI. A UNE foi bastante acusada de estar fazendo campanha para o Governo, mas certamente os estudantes presentes no evento não foram obrigados a ficar lá, nem foram obrigados a bradar “Lula Guerreiro do Povo Brasileiro”. Aliás, o vídeo demonstra nitidamente que a manifestação é espontânea, tanto que o presidente foi às lágrimas em meio ao discurso. Pra quem acha que os estudantes presentes foram arranjados pelo PT, basta entrar na comunidade do PROUNI no Orkut e procurar o tópico sobre o Lula, que é dos mais comentados, com vários agradecimentos de bolsistas ao Presidente. Certamente, todos espontâneos também. Eu acho que o Governo Lula tem algumas falhas, e alguns méritos. Mais méritos do que falhas. Das grandes transformações que este Governo tem promovido no Brasil, o PROUNI é das mais importantes. É daquele tipo de programa que muda a cara de um país. Faz muito pouco tempo e só jovens mais ricos tinham a oportunidade de cursar o ensino superior. Hoje, centenas de milhares de jovens brasileiros pobres podem sonhar, correr atrás e cursar a Universidade.
Mas tem coisa que Universidade nenhuma ensina...Este mês, o Jornal da Globo – e vários outros jornais da mídia brasileira – fizeram um verdadeiro escarcéu com a reportagem do The Economist, em que o Senado brasileiro é chamado de “casa dos horrores”. Esta publicação inglesa freqüentemente faz matérias sobre o Brasil, muitas sobre política, mais ainda sobre economia. Aliás, por diversas vezes o The Economist fez elogios ao Governo Lula. Nesta reportagem, por exemplo, faz rasgados elogios ao Bolsa Família (com migalhas de repercussão na mídia brasileira, óbvio). Mas, de repente, o que diz o mesmo The Economist passou a causar verdadeiro furor entre os jornalistas brasileiros, foi parar nos espaços mais privilegiados da Imprensa nacional. Parecia que o Brasil tinha sido citado em uma revista internacional pela primeira vez! Será que é porque, dessa vez, a revista publicou algo palatável aos veículos de comunicação daqui? Será que a mídia brasileira só vai repercutir o The Economist quando for da sua conveniência? Imagina!
Mal eu um publico um texto sobre uma declaração esdrúxula da Eliane Cantanhêde, e ela me vem com outra pior ainda (se é que pode piorar). No programa Jogo do Poder da última quarta-feira, 29 de julho, Cantanhêde foi convidada por Alon Feuerwerker, para ajudar na entrevista com o Senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB. Depois que Sérgio Guerra discorreu sobre como tudo no Brasil dá errado, como o PAC é uma cantilena, como obra nenhuma vai dar certo neste país, enfim, pregou o verdadeiro apocalipse – esclarecendo porque os tucanos são favoritos para 2010; Cantanhêde fez a seguinte observação: "Mas o Bolsa Família compensa tudo isso...". Um político da oposição dizer que a popularidade do Governo Lula deve-se apenas ao Bolsa Família já é absurdo; uma jornalista especializada em política, com coluna no mais lido jornal do país, fazer uma insinuação deste tipo, então, é inominável! Este é um dos reducionismos mais frágeis da política brasileira. É EVIDENTE que o Governo tem pontos positivos que vão muito além do Bolsa Família. Penso que o jornalista deve arbitrar, mediar, equilibrar os discursos políticos. Se for assumir um posicionamento partidário, que pelo menos faça de maneira minimamente embasada.
Acesso à Universidade muda o destino de uma nação
Emocionante este vídeo do encontro entre Lula e universitários do PROUNI. A UNE foi bastante acusada de estar fazendo campanha para o Governo, mas certamente os estudantes presentes no evento não foram obrigados a ficar lá, nem foram obrigados a bradar “Lula Guerreiro do Povo Brasileiro”. Aliás, o vídeo demonstra nitidamente que a manifestação é espontânea, tanto que o presidente foi às lágrimas em meio ao discurso. Pra quem acha que os estudantes presentes foram arranjados pelo PT, basta entrar na comunidade do PROUNI no Orkut e procurar o tópico sobre o Lula, que é dos mais comentados, com vários agradecimentos de bolsistas ao Presidente. Certamente, todos espontâneos também. Eu acho que o Governo Lula tem algumas falhas, e alguns méritos. Mais méritos do que falhas. Das grandes transformações que este Governo tem promovido no Brasil, o PROUNI é das mais importantes. É daquele tipo de programa que muda a cara de um país. Faz muito pouco tempo e só jovens mais ricos tinham a oportunidade de cursar o ensino superior. Hoje, centenas de milhares de jovens brasileiros pobres podem sonhar, correr atrás e cursar a Universidade.
Escandaloso o silêncio sepulcral da mídia em torno da premiação que a UNESCO concedeu a Lula. O Presidente brasileiro recebeu o prêmio Félix Houphouët-Boigny, no último dia 7, em Paris, pela sua atuação na promoção da paz e da igualdade de direitos. O prêmio da Unesco está em sua 20ª edição. A premiação já teve entre os ganhadores o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela; o ex-premiê israelense, Yitzhak Rabin; o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat; e o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter. O prestígio internacional de Lula, entre chefes de Estados, líderes políticos, diplomatas etc., do mundo inteiro, é abissal. Coisa de dom mesmo, olho no olho, desenvoltura, carisma. Fernando Henrique, o sociólogo doutor, por exemplo, jamais sonhou com um prestígio assim. A forma como Lula é retratado na Imprensa internacional difere radicalmente da forma como ele é retratado aqui. Até aí eu entendo, Imprensa tem que pegar no pé de Governo mesmo. O problema é que a mídia faz isso reparando na cor do partido, distorcendo dados, restringindo-se à superficialidade do denuncismo, e evitando os grandes debates.