Sempre que vou buscar meu irmão no cursinho pré-vestibular, vejo a turma saindo, entrando nos carros dos pais e fico impressionado com a jovialidade destes garotos e garotas que já precisam tomar a decisão mais importante das suas vidas. Lembro que quando eu estava na 7º série, os estudantes do terceiro ano já eram moças e rapazes com aparência e postura de adultos. Quando cheguei ao final do Ensino Médio, minha turma já parecia bem mais jovem. Hoje, é uma coisa de louco! Praticamente, meninos e meninas escolhendo seus futuros. Na universidade, perde-se a referência. Tem gente que entra logo, tem gente que só entra depois de anos, alguns interrompem o curso e demoram a voltar, tem quem faça várias vezes, enfim! Numa turma da faculdade, geralmente, tem pessoas de várias faixas etárias. Mas, na frente de um cursinho pré-vestibular, você tem o perfeito retrato desta “jovialidade” que dura cada vez mais.
Em compensação, só PARECEM muito novos. Tão impressionante quanto este aspecto quase infantil, é a precocidade das crianças e adolescentes de hoje. Namoram, formam opiniões, desenvolvem personalidade, conhecem diversos assuntos, cultivam expectativas e ambições, cada vez mais cedo. Acima de tudo, informam-se com tremenda facilidade. É bem nítido que, atualmente, as instituições clássicas que compõem a coletividade estão se decompondo. Família, Escola, Bairro, Igreja (às vezes), já exercem um papel pouco relevante na vida de muitos destes jovens, no sentido de que a percepção de mundo que constroem já recorre a outras fontes de “verdade”. O que um pai diz para seu filho, hoje, pode ser confrontado pelo que este filho conhece na TV aberta, nos canais a cabo, nas letras das músicas das bandas do momento, nas várias revistas especializadas nos mais variados assuntos, e obviamente na Internet.
Os inúmeros amigos virtuais, os fóruns, os sites, os blogs (aê!), toda sorte de interatividade reforçando ou alterando pontos de vista. Talvez, pela primeira vez na História, conhecemos uma geração que é mais bem informada que os próprios pais. Buscar informação não é mais um desafio. Ao contrário, é preciso discernimento diante de um volume informacional tão intenso. As fontes, quando não são novas, são mais diversificadas. Esta juventude conhece a informática desde sempre! Estão totalmente acostumados com as inovações tecnológicas, e sentem-se perfeitamente à vontade quando ligam computador, assistem à TV, jogam games eletrônicos, escutam música – tudo ao mesmo tempo, se for preciso. Conseguem encontrar saídas para problemas, utilizando cartão de crédito, telefone celular ou Google. Boa parte dos seus amigos está espalhada pelos lugares mais distantes, e nunca se viram pessoalmente.
O mundo tornou-se um mundo digital. A natureza passou a ser mediada pela técnica. Definitivamente, mais informados! Mais maduros? Aí, acho que a coisa muda de figura. É bem verdade que maturidade e juventude nunca combinaram. Mas, acredito que nunca vivemos uma realidade tão fugaz. Nada é sólido, estável, constante. A contemporaneidade ainda gera mais perguntas do que respostas, mais conflitos do que soluções. Se as instituições clássicas entraram em crise, onde estes novos jovens podem ancorar-se? Quais suas certezas? Com que referências podem contar? As orientações, as ideologias, as “verdades”, as convicções políticas, os grupos, os estilos, são efêmeros ou fragmentados. Arrisco dizer que, por enquanto, esta avalanche de informação e possibilidades é mais utilizada para satisfazer necessidades e prazeres momentâneos. Raramente, utilizam-se esses recursos em nome de um projeto para o futuro, o que se poderia considerar “responsável”.
É difícil precisar exatamente qual será a capacidade desta geração de se adaptar às mudanças e transformações aparentemente inesgotáveis. Enquanto a Geração X (nascidos até o final dos anos 70) optou por um estilo descompromissado, despojado, “largadão”, e contentava-se com a TV; a Geração Y (muitos já falamem Geração Z ) é multifacetada e está em permanente conexão. Vale o “aqui e agora”, a experiência vivida, uma busca incessante pelo instante eterno, pelo prazer. Hedonismo e valorização do presente são a tônica desta época. Um velho mundo entra em crise e um novo, se apresenta. Talvez esta seja a geração que vai buscar novos caminhos e oferecer novos modelos. Tarefa árdua! A despeito disto, os mais novos têm dado conta do recado e demonstram, mais do que qualquer outra coisa, animação diante das inovações. Que continue assim!
Em compensação, só PARECEM muito novos. Tão impressionante quanto este aspecto quase infantil, é a precocidade das crianças e adolescentes de hoje. Namoram, formam opiniões, desenvolvem personalidade, conhecem diversos assuntos, cultivam expectativas e ambições, cada vez mais cedo. Acima de tudo, informam-se com tremenda facilidade. É bem nítido que, atualmente, as instituições clássicas que compõem a coletividade estão se decompondo. Família, Escola, Bairro, Igreja (às vezes), já exercem um papel pouco relevante na vida de muitos destes jovens, no sentido de que a percepção de mundo que constroem já recorre a outras fontes de “verdade”. O que um pai diz para seu filho, hoje, pode ser confrontado pelo que este filho conhece na TV aberta, nos canais a cabo, nas letras das músicas das bandas do momento, nas várias revistas especializadas nos mais variados assuntos, e obviamente na Internet.
Os inúmeros amigos virtuais, os fóruns, os sites, os blogs (aê!), toda sorte de interatividade reforçando ou alterando pontos de vista. Talvez, pela primeira vez na História, conhecemos uma geração que é mais bem informada que os próprios pais. Buscar informação não é mais um desafio. Ao contrário, é preciso discernimento diante de um volume informacional tão intenso. As fontes, quando não são novas, são mais diversificadas. Esta juventude conhece a informática desde sempre! Estão totalmente acostumados com as inovações tecnológicas, e sentem-se perfeitamente à vontade quando ligam computador, assistem à TV, jogam games eletrônicos, escutam música – tudo ao mesmo tempo, se for preciso. Conseguem encontrar saídas para problemas, utilizando cartão de crédito, telefone celular ou Google. Boa parte dos seus amigos está espalhada pelos lugares mais distantes, e nunca se viram pessoalmente.
O mundo tornou-se um mundo digital. A natureza passou a ser mediada pela técnica. Definitivamente, mais informados! Mais maduros? Aí, acho que a coisa muda de figura. É bem verdade que maturidade e juventude nunca combinaram. Mas, acredito que nunca vivemos uma realidade tão fugaz. Nada é sólido, estável, constante. A contemporaneidade ainda gera mais perguntas do que respostas, mais conflitos do que soluções. Se as instituições clássicas entraram em crise, onde estes novos jovens podem ancorar-se? Quais suas certezas? Com que referências podem contar? As orientações, as ideologias, as “verdades”, as convicções políticas, os grupos, os estilos, são efêmeros ou fragmentados. Arrisco dizer que, por enquanto, esta avalanche de informação e possibilidades é mais utilizada para satisfazer necessidades e prazeres momentâneos. Raramente, utilizam-se esses recursos em nome de um projeto para o futuro, o que se poderia considerar “responsável”.
É difícil precisar exatamente qual será a capacidade desta geração de se adaptar às mudanças e transformações aparentemente inesgotáveis. Enquanto a Geração X (nascidos até o final dos anos 70) optou por um estilo descompromissado, despojado, “largadão”, e contentava-se com a TV; a Geração Y (muitos já falam