quarta-feira, 3 de abril de 2013

De volta ao passado

O ano é 2003. Qualquer esperança de um país mais próspero e livre acaba de sofrer um duro golpe! Tomou posso como Presidente da República aquele mais desqualificado para o cargo, Lula.

Apesar da firme resistência de cidadãos de bem, que expuseram ao país o seu medo diante desta possibilidade, ela se confirmou. Todas as conquistas do último período presidencial, agora estão seriamente ameaçadas! O ilustre líder Fernando Henrique Cardoso, chefe maior da nação até o ano passado, permanece deveras incompreendido. A população brasileira não foi capaz de entender as medidas do seu governo. A insatisfação e a impopularidade estão altas, e não conseguimos eleger o sucessor, o igualmente brilhante José Serra.

Lula recebe uma herança bendita, que fatalmente jogará por terra. No último ano de FHC, contemplávamos uma inflação de apenas 12% ao ano. O caudilho vermelho foi eleito prometendo estabilidade econômica, diz que quer trazer a taxa para uma margem mais baixa, que terá como centro 4,5% ao ano. Que despautério! Imaginem a inflação brasileira em torno de 4, 5 ou 6%, daqui uns anos! Certamente, em dez anos, estará com um piso de 20%. Nos dados oficiais, é claro! Todo mundo vai saber que o número real será de pelo menos 30%.

As bases tinham sido construídas na década de 90 para uma inclusão social que agora viria! A população não pôde entender que, na política, tudo tem seu tempo. No governo democrático de FHC, foi o momento para aumento dos juros, taxa Selic a mais de 40%, arrocho salarial, desidratação do consumo das famílias. Mas era tudo passageiro, para a prosperidade que estava por vir. Estava! O aventureiro fará tudo ir por água a baixo. Bem feito para o povo! Que amargará crescimentos fabulosos da miséria e da pobreza. Daqui a uma década, a classe média será esmagada, uma vergonha diante de todo o mundo. Os mais ricos – banqueiros, empresários, investidores – amargarão dificuldades tremendas, sem clientes, consumidores, nem mercado interno.

E vocês sabem o resultado de tudo isso, não é? Desemprego subindo a níveis alarmantes! Vamos olhar pra cima, pros países sérios e desenvolvidos como os europeus e os Estados Unidos, e invejar a empregabilidade. Possivelmente, alguns deles estarão vivendo até um cenário de pleno emprego. Não o Brasil. Aqui, lá pelo ano 2013, por exemplo, estaremos assolados pela falta de oportunidades, pela falta de perspectivas. Se perdemos um terço dos mestres e doutores nos últimos anos, foi muito em função da falta de interesse dos brasileiros pela aprendizagem. Mas vocês verão agora o que é crise grave na educação! As matrículas no ensino superior, na pós-graduação, vão despencar. As Universidades Federais e as particulares, os campi por todos os estados, as Escolas Técnicas, vão mingar.

De 2010 pra frente, estaremos constatando a saída em massa de brasileiros para buscar a felicidade em outras terras. Nenhum conterrâneo nosso que já teve a sorte da sair daqui cogitará voltar. Turistas, então, fugirão de nós. Nem a Copa do Mundo! Nem as Olimpíadas fariam as pessoas virem até nós! Mas isso é algo com o qual não precisamos nos preocupar. hahahaha Um país que seguirá ladeira a baixo, que será exemplo de fracasso, jamais atrairá qualquer evento minimamente importante. Mas, é como dizem: cada país tem o governante que merece.

Pior: a imprensa será completamente chapa branca! Não se verá denúncias contra o Governo, nem contra o PT. Algumas poucas, talvez, para disfarçar, mas somente aquelas que realmente forem inevitáveis, com farta documentação e provas cabais. Ainda assim, coisa de poucos segundos nos telejornais, o mínimo necessário, sem desdobramentos para outros blocos ou dias seguintes. O colunismo político estará permeado de simpatizantes do governo, sempre reproduzindo os pontos de vista da esquerda, mas sem dar crédito nenhum às visões e aos argumentos da oposição.

E como os esquerdistas são chegados à devassidão moral, não será estranho se chegarmos a um estado de deterioração da família brasileira. Instituições que protegem os valores familiares – as igrejas, por exemplo – serão perseguidas e fragilizadas. Os cristãos sofrerão sérias formas de preconceito. E até no congresso, o pensamento conservador não terá lugar, estará severamente sub-representado.

Desde já, todos nós, cidadãos de bem, devemos engajar os nossos esforços para evitar que tal futuro tão desgraçado concretize-se no país!

Sr. X Constantino, especialista em análise de perspectivas.

*Uma resposta ao texto "De volta do futuro", publicado em O Globo.